Feitiços...
Há certas modas que as mulheres se apegam que são horríveis, mas parece que elas não se dão conta e invadem nossas ruas com elas...
Bons exemplos são esses sapatos, botas ou tamancos... que são verdadeiras armas, saltos gigantes, sem nenhuma graça ou proporção... que ainda dão a impressão de que a guria tá fazendo um baita esforço para levantar a perna e dar o próximo passo, verdadeiros sapatos de Frankstein...
E é exatamente sobre esse tipo de salto que o cronista David Coimbra (david.coimbra@zerohora.com) escreveu na Zero Hora da quarta passada... e que tomo a liberdade de transcrever parte do texto dele, ainda sem a devida autorização do autor que se pedir para eu retirar do ar, é claro que faço na hora... aí vai:
...não gosto daquelas botas de sola alta que as mulheres estão usando. Solados de quatro dedos de altura, por favor. Explícito demais. Fica muito óbvio que a mulher está disfarçando a altura. O salto alto, o escarpim, esse não. O salto alto representa a mulher na ponta dos pés. Quer dizer: ainda é o corpo da mulher. Só que potencializado. Ela se torna mais elegante, os músculos da panturrilha se alongam, os da coxa ficam torneados e os glúteos empinam-se graciosamente, como se estivessem alegres pelas belezas da vida. Talvez seja um sacrifício para as mulheres caminhar o dia inteiro em cima de saltos de 10 centímetros, mas o resultado compensa, decerto que compensa. A diferença é sutil, mas profunda: o salto alto é genuíno; o solado largo é grosseiro. As botas de solado largo fazem a mulher perder a autenticidade, e, quem perde a autenticidade, perde a elegância.
E ele segue seu texto falando sobre o futebol do Grêmio, o que não é assunto para este post, mas que mais cedo ou mais tarde eu ainda escrevo sobre ele...
Mas afinal, qual a relação disso com Arquitetura? TODA!!!
Fetiches arquitetônicos são válidos quando são genuínos, autênticos e elegantes. São válidos quando vêm da crença do Arquiteto estar fazendo o melhor possível com a sua linguagem arquitetônica, respeitando o tempo e o meio em quem ele vive... porém, quando se torna uma arquitetura de fachada feita para seguir a tendência que estampa as capas de revistas... (seja ela neopós qualquer coisa ou seja ela brancosa**) então deixa de ser salto alto e vira um solado grosseiro... e infelizmente essa moda de solados grosseiros é o que mais se tem visto por de trás dos tapumes.
Bons exemplos são esses sapatos, botas ou tamancos... que são verdadeiras armas, saltos gigantes, sem nenhuma graça ou proporção... que ainda dão a impressão de que a guria tá fazendo um baita esforço para levantar a perna e dar o próximo passo, verdadeiros sapatos de Frankstein...
E é exatamente sobre esse tipo de salto que o cronista David Coimbra (david.coimbra@zerohora.com) escreveu na Zero Hora da quarta passada... e que tomo a liberdade de transcrever parte do texto dele, ainda sem a devida autorização do autor que se pedir para eu retirar do ar, é claro que faço na hora... aí vai:
...não gosto daquelas botas de sola alta que as mulheres estão usando. Solados de quatro dedos de altura, por favor. Explícito demais. Fica muito óbvio que a mulher está disfarçando a altura. O salto alto, o escarpim, esse não. O salto alto representa a mulher na ponta dos pés. Quer dizer: ainda é o corpo da mulher. Só que potencializado. Ela se torna mais elegante, os músculos da panturrilha se alongam, os da coxa ficam torneados e os glúteos empinam-se graciosamente, como se estivessem alegres pelas belezas da vida. Talvez seja um sacrifício para as mulheres caminhar o dia inteiro em cima de saltos de 10 centímetros, mas o resultado compensa, decerto que compensa. A diferença é sutil, mas profunda: o salto alto é genuíno; o solado largo é grosseiro. As botas de solado largo fazem a mulher perder a autenticidade, e, quem perde a autenticidade, perde a elegância.
E ele segue seu texto falando sobre o futebol do Grêmio, o que não é assunto para este post, mas que mais cedo ou mais tarde eu ainda escrevo sobre ele...
Mas afinal, qual a relação disso com Arquitetura? TODA!!!
Fetiches arquitetônicos são válidos quando são genuínos, autênticos e elegantes. São válidos quando vêm da crença do Arquiteto estar fazendo o melhor possível com a sua linguagem arquitetônica, respeitando o tempo e o meio em quem ele vive... porém, quando se torna uma arquitetura de fachada feita para seguir a tendência que estampa as capas de revistas... (seja ela neopós qualquer coisa ou seja ela brancosa**) então deixa de ser salto alto e vira um solado grosseiro... e infelizmente essa moda de solados grosseiros é o que mais se tem visto por de trás dos tapumes.
*Fetiche, do francês fétiche, que por sua vez vem do português feitiço... acho que todo grande Arquiteto é um fetichista... ele sabe que o prazer está na mente e não no corpo.
**Arquitetura brancosa, neologismo utilizado para designar uma tentativa de fazer arquitetura branca com formas puras... geralmente o arquiteto lembra de fazê-la branca e esquece do resto...
É Luciano, tem cada "moda" por aí... Esta dos saltos é realmente um horror... Mas enfim, os fashion-victims sempre vão defender estas coisas. E o paralelo com a arquitetura é perfeito.
ResponderExcluirUm abraço!
Alice
Alice, se as vítimas da moda fossem só da moda de vestuário as cidades seriam bem mais bonitas!
ResponderExcluirFogo é ser vítima das modas e modismos arquitetônicos...
Obrigado pelas frequentes visitas!