sexta-feira, 30 de março de 2007

Site do dia (5) - Ainda pela terra do tio sam…

Seguindo com os norte americanos bacanas que pouco são publicados por aqui…

Barton Phelps & Associates, escritório de Los Angeles com uma produção legal de casas e prédios públicos, salvo algum telhadinho meio pós, desenhado em um provável momento de embriaguez, a obra dos caras é bacana, um pouco exagerada em alguns momentos, mas bacana.

Dou destaque para a Sinquefield House no Missouri, um misto de casa de campo, centro de conferências e sede de ong… com uma implantação que busca o minimo impacto no terreno e algum ar de Aalto, tanto no uso da madeira, quanto no uso do pátio central público, que lembra um pouco Säynätsalo.

Site um pouco pesado e confuso, mas vale uma olhada… bom passeio.

http://www.bpala.com/


terça-feira, 27 de março de 2007

Site do dia (4) - pelas terras do tio sam

Compartilho com o Gabriel, sim, há melhor arquitetura sendo feita na terra do Tio Sam do que muita gente acredita…

O escritório de Alexander Golin é prova disso.

http://www.gorlinarchitects.com/

Destaque para a Chicago Townhouse, construída em um terreno de 6x40 em um bairro de antigas residências unifamiliares, e com alguns elementos interessantes, como a caixa dentro da caixa ou a escada de acesso que tem sua continuidade dentro da casa para acessar o mezanino.

Separe no minimo uns 15 minutos para viajar por este site, dê uma especial atenção as casas, e bom proveito.


domingo, 25 de março de 2007

Site do dia (3) - fazendo arquitetura como João Gilberto faz música…

Seguindo a séria série, iniciada pelo Gabriel, de sites do dia:

Isay Weinfeld… sob meu ponto de vista esse é um dos melhores arquitetos da atualidade, embora ainda pouco (re) conhecido aqui no sul, principalmente no meio acadêmico.

Um arquiteto paulistano que faz arquitetura quase como João Gilberto faz música.

Bom proveito!

www.isayweinfeld.com

quinta-feira, 8 de março de 2007

inspiradas e inspiradoras

08.
03.


DIA INTERNACIONAL DA MULHER…
pequena homenagem àquelas que muito contribuem para arquitetura… seja como inspiradas ou como inspiradoras




quinta-feira, 1 de março de 2007

eterno sofrimento?

Na mitologia grega está Prometeu, um titã grego que roubou o fogo divino de Zeus para dá-lo aos homens, que assim puderam evoluir e distinguirem-se dos outros animais. Como castigo Zeus ordenou que Hefesto o acorrentasse em um rochedo do monte Cáucaso, onde todos os dias um abutre iria comer-lhe o fígado que, sendo Prometeu imortal, voltava a regenerar-se, sendo assim o seu castigo interminável.

Em 1925, mais de oitenta anos atrás, quando os carros mais pareciam carroças com suas rodas de madeira e os homens usavam chapéus e bengalas como forma máxima de elegância, o arquiteto Gregori Warchavchik escreveu em sua coluna do dia 1º. de novembro no Correio da Manhã um texto chamado Acerca da Arquitetura Moderna, o qual reproduzo dois trechos abaixo:

“…em nome da Arte, começa a ser sacrificada a arte. O arquiteto, educado no espírito das tradições clássicas, não compreendendo que o edifício é um organismo construtivo cuja a fachada é sua cara, prega uma fachada postiça, imitação de algum velho estilo…”

“…a diferença que o que era tão só uma necessidade construtiva tornou-se agora um detalhe inútil e absurdo. Os consoles serviam antigamente de vigas para os balcões, as colunas e cariátides suportavam realmente as sacadas de pedra. As cornijas serviam de meio estético preferido da arquitetura clássica para que o edifício, construído inteiramente de pedra de talho, pudesse parecer mais leve em virtude de proporções achadas entre linhas horizontais. Tudo isso era lógico e belo…”

Na era do rádio, Warchavchik e seus companheiros de prancheta que defendiam uma nova arquitetura já repudiavam os pastiches e classicismos vigentes na época, em pró de uma arquitetura livre de adornos e condizente com o período histórico em que se vivia.

Em 2007, na era da internet, da aldeia global, dos carros elétricos e dos tênis biônicos, ainda temos que encontrar novos edifícios neo-qualquercoisa em nossas cidades? Por quanto tempo ainda veremos o neoclássico ser adotado por diversas incorporadoras como “estilo” arquitetônico oficial e algumas ainda colocando em seu material de venda: “moderna fachada em estilo neoclássico” e pior, parte da população tomando isso como verdade e num geral gostando deste decorativismo.

A cada cornija, a cada friso e cada novo frontão que vejo em nossas ruas, muito deles projetados por arquitetos recém saídos dos bancos das faculdades (APRENDERAM O QUE????) me sinto como Prometeu, com o castigo eterno como destino.