segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
bloco de viagem (5) - C-42, Espace Citroën
Um dos mais novos brinquedos deste parque é o novo showroom da Citroën, que está no alto da badalada Champs-Élysées avenida que meados dos 90, após um longo período de declínio, foi revitalizada com o alargamento do passeio, o plantio de novas fileiras de árvores, a construção de estacionamentos subterrâneos e a pavimentação das faixas de rodagem com paralelepípedos de granito...
Projetado pelo escritório da francesa Manuelle Gautrand o Espace Citroën é fruto de um concurso internacional de arquitetura para um novo projeto no mesmo endereço que desde 1.928 é marcado pela fábrica do 2CV, tendo sido ocupado pelo belíssimo edifício envidraçado dos arquitetosMaurice-Jacques Ravazé (1.932) e posteriormente pelo sem sal Hippo-Citroën (1.984), uma misto de showroom, bar e restaurante que chegou a receber quase 3.000 visitantes por dia e fechou em 2.004.
A essência do novo projeto é simples, uma grande e multifacetada fachada de vidro -remetendo ao duplo chevron, logotipo da Citroën... que também é o tema de vários outros detalhes dentro do prédio, como os espelhos das faces interiores da plataformas que expõe os carros- onde atrás dela há um grande atrium branco com um pilar central vermelho que apoia 8 plataformas giratórias para exposição dos carros... simples assim.
O projeto é mais bonito ao vivo do que nas fotos e não sei dizer se o ponto alto é sua fachada multifacetada que se converte em cobertura a medida que sobe e depois desce nos fundos do prédio voltando a ser fachada, se é o pilar central com as plaformas giratórias, se é o constraste do salão vermelho do subsolo com o branco dos pavimentos superiores ou se é o belo elevador panorâmico... mas posso afirmar que o C42 -como o prédio é denominado, C de Citroën e 42 do número da edificação- rapidamente se tornou um foco de atração de turistas nesse parque de diversões que é Paris.
Bacana, porém confuso site da arquiteta francesa Manuelle Gautrand:
Para saber mais sobre o C-42 e o passado do tradicional endereço: http://www.citroen.mb.ca/cItROeNet/miscellaneous/champselysees/c42/c42-1.html
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
bloco de viagem (4) - Agbargh
Acho que Jean Nouvel nunca leu este texto... nesta última viagem visitamos dois projetos recentes do cara, o museu Quai Branly em Paris e a Torre das Águas de Barcelona - AGBAR... e não que Nouvel costume me impressionar, mas nestes dois casos me decepcionou mais do que o normal.
O museu parisiense será fruto de um texto futuro... hoje ficamos com a Torre Agbar, projetada por Nouvel em parceria com o escritório espanhol b720 arquitectos, e destinada por alguns anos a ser a sede da empresa pública de águas da cidada catalã.
Porém quando se chega perto se vê como Nouvel foi infeliz... a torre foi jogada no tecido urbano; as relações com entorno não existem; a proporção de ocupação no terreno dá aquela impressão de peru servido em um pires; o acesso ao edifício é infame...
Sei que muitas pessoas não vão concordar comigo e nem é esse o objetivo... mas fica o registro de que nem tudo parecem ser flores nos midiáticos projetos dos über-escritórios.
Para quem gosta do cara, o site do Nouvel: http://www.jeannouvel.com
Os parceiros dos gringos que projetam em Barcelona, b720 - arquitectos - que além do Nouvel também dão suporte ao Toyo Ito e ao Chipperfield: http://www.b720.com/
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
bloco de viagem (3) - O miesiano vizinho do Mies
O pavilhão do Mies dispensa comentários e apresentações... a surpresa foi ao estar chegando no local do pavilhão encontrar uma intervenção que deixaria o mestre alemão orgulhoso, a CaixaForum Barcelona.
Um centro cultural localizado em uma edificação de 1.911 projetada por Puig i Cadalfalch na característica arquitetura art nouveau (ou como os catalães gostam, arquitetura modernista) que abrigou a fábrica textil Casaramona e passou a ser considerada patrimônio cultural espanhol na década de 70.
A restauração do prédio é de autoria dos espanhóis Francisco Asarta e Roberto Luna e a intervenção é do genial Arata Isozaki, que para não competir visualmente com o prédio histórico criou um pátio de acesso abaixo da cota da rua, formado unicamente por planos de pedra caliza e com seu acesso desde o nível da rua realizado por escadas rolantes, escadas e um elevador... acessos este que está protegido e marcado por uma imensa e elegante árvore construída com aço corten e vidro.
Para quem quiser saber mais:
Site do escritório do Arata Isozaki na Espanha: http://www.arataisozaki.org/
Site da CaixaForum: http://obrasocial.lacaixa.es/centros/caixaforumbcn_es.html
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007
bloco de viagem (2) - Delft
Foi minha primeira Bienal e lembro que havia uma reprodução em escala real do hall de entrada do pavilhão de Barcelona do Mies... também lembro de uma exposição da obra do Aalto e se não estou muito enganado também havia uma série de maquetes de casas do Corbu... tempo que a Bienal de São Paulo tinha qualidade...
Nessa Bienal também havia uma exposição holandesa especialmente montada para ela, Três Momentos da Arquitetura Pós-Guerra na Holanda, onde tratava da obra de Aldo Van Eyck, Herman Hertzberger e por fim do grupo Mecanoo... e o que mais me chamou atenção foi um maquetão da Biblioteca da T.U. Delft, concluida de 1997 e projetada pelo Mecanoo... uma placa de grama que se desprendia do solo e era sustentada por paredes envidraçadas e no centro um enorme cone que invadia seu espaço interno.
Passados quase 10 anos dessa Bienal e por total acaso surgiu a idéia de irmos até Delft para ver se achávamos a biblioteca... A cidadezinha fica entre Rotterdam e Den Haag, como estávamos em Rotterdam não foi difícil chegar lá, uns 20 minutos em um clássico trem amarelo e chegamos em uma típica cidade holandesa do século 13... muitos canais, bicicletas e marcas testemunhais de bombardeios da grande guerra, além de duas belas igrejas, a nova e a antiga... a nova é de 1.381 e a antiga é de 1.246.
Depois de um passeio pela cidade, com direito a chuva de granizo, e de algumas informações desencontradas chegamos ao anoitecer no campus da T.U. Delft... e logo encontramos a biblioteca, que está construída atrás de um brutalista e enorme edifício da década de 60 que abriga auditório e outros serviços da universidade, um sapão de concreto.
A primeira vista a biblioteca não impressiona, sua melhor fachada é sua vista desde os fundos onde se vê a caixa de vidro gradativamente se enterrando... porém se externamente ela não é lá grande coisa, internamente é linda!
Dois grandes salões com enorme pé direito, no principal está pendurado o cone onde dentro dele estão mais 4 pisos com salas de estudo e leitura e no outro salão dezenas de computadores, uma espacialidade ímpar onde o azul contrasta com a estrutura metálica e os acabamentos em madeira.
Mais informações sobre o projeto no site do Mecanoo: http://www.mecanoo.com/
E no site da própria biblioteca: http://www.library.tudelft.nl/ws/index.htm
BIBLIOTECA :: VISTA DOS FUNDOS
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
bloco de viagem (1) - 8 Villas
Viajei eu e o Leo -um irmão que não deu dor de parto à minha mãe. Fomos para a Batimat, em Paris, e aproveitamos para atualizar nosso repertório arquitetônico por outras bandas... passamos alguns dias acordando arquitetura e dormindo bar... e parte disso vou postando aqui no blog, sem me preocupar com nenhuma ordem cronológica ou geográfica, sem grandes pretensões... apenas compartilhando...
As grandes obras me agradam, mas dificilmente me emocionam... o que me toca é aquele projeto onde se sabe que o Arquiteto não teve orçamento quase infinito, nem terrenos imensos... gosto de ver boa arquitetura cotidiana: casas, edifícios de apartamento, pequenas praças...
E para isso poucos lugares são tão impressionantes quanto a Holanda... em Amsterdam e seus arredores se encontram núcleos residenciais recentes com uma qualidade arquitetônica absurda, um desses novos "bairros" é em IJBurg - Diemerpark, que está a mais ou menos 30 minutos de tram desde a estação central de Amsterdam.
Em 2001 (sim, antes disso não havia nada por lá) o escritório Bosch Architects foi contratado para fazer um projeto de urbanização que contemplasse a construção de 140 casas de alto padrão e juntamente com o projeto de urbanização eles foram responsáveis pelo projeto das 8 primeiras casas.
Conhecido como 8 Villas o projeto do Bosch Architects estampou publicações por todo o mundo e realmente o projeto é de uma beleza impressionante... uma das casas estava em obras, pra que? Batemos na porta e acabamos fazendo uma visita guiada com os proprietários, um alegre casal holandês que estava aproveitando o domingo para trabalhar nos interiores de sua casa ao som de um ipod conectado à caixas de som Bose.
O projeto basicamente ocupa todo o terreno com os térreos geminados (estar/jantar/cozinha/pequeno pátio/e duas peças que podem ser dormitórios ou gabinetes), acima destes térreos sobem 8 blocos, estes possuem dimensões bastante reduzidas em relação a planta do térreo e ficam soltos e cuidadosamente desencontrados e abrigam no segundo piso uma sala totalmente envidraçada que dá acesso ao terraço jardim e no terceiro piso um dormitório que possuí apenas uma grande janela bolha (vidro duplo, redondo e curvo) e duas zenitais. Ainda no térreo, todas as casas possuem na frente vagas de garagem e nos fundo um pequeno pátio às margens do rio.
É impressionante como é simples a idéia e como é rico o resultado... é esse tipo de Arquitetura que me emociona.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Regresso...
Depois de um sumiço de mais de mês eu regresso ao blog com repertório renovado.
Final de outubro iniciei um passeio pelo velho mundo, Paris - Barcelona - Amsterdam/Rotterdam/Delft - Londres... e de lá trago muitas coisas novas e também impressões sobre coisas não tão novas.
Nos próximos dias começo essa nova séria série.
Abraço aos amigos e desculpa pela ausência.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Olhando para o nosso quintal... (3) - RMAA
Os titulares do escritório Henrique Reinach e Maurício Mendonça começaram o RMAA em 1987 e nesses vinte anos de atuação já receberam vários prêmios: IAB, ASBEA, Bienal de São Paulo... inclusive pelo projeto da sede do próprio escritório, que por incrível que pareça é raro no Brasil arquiteto com escritório realmente legal (em alguns casos casa de ferreiro espeto de pau, em outros falta de grana e acho que ainda há aqueles que nem pra si conseguem fazer algo bom...)
Na primeira foto a residência Audi e na segunda a residência Albuquerque, visita o site do escritório e dá uma olhada em mais um escritório que a produção não deixa nada a desejar para as figurinhas que vêm que fora - http://www.rmaa.com.br/
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
Artigas e seus troncos estruturais
Pouco tempo atrás vi no excelente blog Neorama a casa Cachagua, projetada pelos chilenos do F3 Arquitectos, onde foram utilizados pedaços de tronco de árvores para criar uma espécie de brise...
E na hora me veio em mente imagens de duas casas que o Artigas projetou: a primeira uma pequena casa feita em 1950 para o seu irmão Giocondo (já demolida) e a segunda feita em 1967, a FAU é de 1961, a Casa Elza Berquó.
Porém o Artigas utilizou os troncos como pilares com juntas de neoprene entre a madeira e a laje de concreto... ou seja é um tronco de árvore estrutural!!!
Sobre a casa Berquó, o próprio Artigas:
"É meu projeto meio pop, meio irônico e eu gosto muito de vê-lo sob qualquer ângulo. São pedaços de tronco de árvores que apóiam toda a estrutura de concreto da cobertura. Mas o que é o avanço técnico!!! Danei a descobrir que era possível colocar a laje de concreto armado sobre uma coluna de madeira e experimentei, pela primeira vez, na casa de praia de meu irmão Giocondo. Com o surgimento de um material chamado neoprene, foi possível fazer com que a carga do telhado se distribuísse pela área da coluna de madeira e, dali, para as fundações".
Em um próximo post eu falo mais sobre Artigas... e sobre outras duas de suas casas.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Feitiços...
Bons exemplos são esses sapatos, botas ou tamancos... que são verdadeiras armas, saltos gigantes, sem nenhuma graça ou proporção... que ainda dão a impressão de que a guria tá fazendo um baita esforço para levantar a perna e dar o próximo passo, verdadeiros sapatos de Frankstein...
E é exatamente sobre esse tipo de salto que o cronista David Coimbra (david.coimbra@zerohora.com) escreveu na Zero Hora da quarta passada... e que tomo a liberdade de transcrever parte do texto dele, ainda sem a devida autorização do autor que se pedir para eu retirar do ar, é claro que faço na hora... aí vai:
...não gosto daquelas botas de sola alta que as mulheres estão usando. Solados de quatro dedos de altura, por favor. Explícito demais. Fica muito óbvio que a mulher está disfarçando a altura. O salto alto, o escarpim, esse não. O salto alto representa a mulher na ponta dos pés. Quer dizer: ainda é o corpo da mulher. Só que potencializado. Ela se torna mais elegante, os músculos da panturrilha se alongam, os da coxa ficam torneados e os glúteos empinam-se graciosamente, como se estivessem alegres pelas belezas da vida. Talvez seja um sacrifício para as mulheres caminhar o dia inteiro em cima de saltos de 10 centímetros, mas o resultado compensa, decerto que compensa. A diferença é sutil, mas profunda: o salto alto é genuíno; o solado largo é grosseiro. As botas de solado largo fazem a mulher perder a autenticidade, e, quem perde a autenticidade, perde a elegância.
E ele segue seu texto falando sobre o futebol do Grêmio, o que não é assunto para este post, mas que mais cedo ou mais tarde eu ainda escrevo sobre ele...
Mas afinal, qual a relação disso com Arquitetura? TODA!!!
Fetiches arquitetônicos são válidos quando são genuínos, autênticos e elegantes. São válidos quando vêm da crença do Arquiteto estar fazendo o melhor possível com a sua linguagem arquitetônica, respeitando o tempo e o meio em quem ele vive... porém, quando se torna uma arquitetura de fachada feita para seguir a tendência que estampa as capas de revistas... (seja ela neopós qualquer coisa ou seja ela brancosa**) então deixa de ser salto alto e vira um solado grosseiro... e infelizmente essa moda de solados grosseiros é o que mais se tem visto por de trás dos tapumes.
*Fetiche, do francês fétiche, que por sua vez vem do português feitiço... acho que todo grande Arquiteto é um fetichista... ele sabe que o prazer está na mente e não no corpo.
**Arquitetura brancosa, neologismo utilizado para designar uma tentativa de fazer arquitetura branca com formas puras... geralmente o arquiteto lembra de fazê-la branca e esquece do resto...
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sábado, 6 de outubro de 2007
Minha droga é mulher...
Dito e feito, estava lá ela, TRIP #85, coberta de poeira em uma prateleira de revistas do meu cafofo em Porto Alegre. É a edição de janeiro de 2000 e tem como entrevistado o boêmio arquiteto, então com 93 anos de idade. Entrevista meio padrão, a não ser por algumas boas tiradas de uma revista (des)pretensiosa como é a Trip... e uma dessas tiradas é:
TRIP - Qual foi sua droga pessoal, teve alguma droga que o senhor gostou?
Oscar Niemeyer - Nenhuma! Minha droga é mulher!
...passados 7 anos o monstro está chegando aos 100 anos com toda lucidez e com merecido destaque na mídia internacional, no periódico espanhol El Mundo, do dia 7 de maio desse ano, há uma entrevista com Arquiteto onde além de ele afirmar que sua longevidade está nas mulheres ele ainda reafirma sua posição revolucionária-comunista:
"...cuando veo a un solo joven protestar en la calle pienso que esa labor es mucho más importante que mi trabajo."
link para entrevista no El Mundo: http://www.elmundo.es/papel/2007/05/07/cultura/2119139.html
link para a revista Trip #85:
http://revistatrip.uol.com.br//redirect.php?link=http://www.trip.com.br/85/negras/home.htm
*No topo um dos clássicos croquis do mestre modernista.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Charles Eames: "No, Ray is not my brother."
Ray nasceu em 1912 em Sacramento, California, artista plástica por formação... viveu em várias cidades durante sua juventude, em 1933 foi morar em NY para estudar a pintura abstrata de Hans Hofmann e em 1940 começa seus estudos na Cranbrook Academy of Art em Michigan....
Paixão avassaladora... pouco menos de um ano depois Charles se divorcia de Catherine e se casa com Ray, formando um dos mais fantásticos casais de designers da história, o casal Eames...
Charles e Ray Eames se mudam para Los Angeles, onde atendendo ao chamado de John Entenza, editor da Arts & Architecture Magazine e enorme incentivador da arquitetura modernista, projetam Case Study House #8.
| Pausa para o café: O Case Study Houses foi um programa patrocinado por Entenza e posteriormente por David Travers que durou de 1945 a 1966 e tinha como objetivo desenvolver uma série de casas experimentais que fossem baratas e funcionais para absorver a demanda residencial causada pelo fim da Segunda Guerra.
Participaram deste projeto além do casal Eames: Richard Neutra, Eero Saarinen, Craig Ellwood, Pierre Koenig, entre outros...
Para saber mais sobre isso nada melhor do que o site da própria Arts & Architecture Magazine http://www.artsandarchitecturemag.com/ |
Eles continuaram seu trabalho como designers, seu ateliê funcionou por 45 anos no mesmo endereço, até a morte de Ray, em 21 de agosto de 1988, no dia exato dez anos após a morte de Charles.
Gostaria de escrever muito mais sobre o genial casal que desfilou por todas as facetas do design -móveis, gráficos, roupas, brinquedos....- que aperfeiçoou o método criado por Aalto para modelagem de madeira compensada.... que se aventurou pelo cinema e fez muito pela Arquitetura.... mas para não ficar -mais- cansativo encerro este post por aqui, deixando uma pérola encontrada no youtube... o casal apresentando seu trabalho no Arlene Francis' Home Show, da rede NBC, em 1956.
Parte 1:
Parte 2:
** É também do Charles a bela frase: "The details are not the details. They make the design.”
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terça-feira, 25 de setembro de 2007
Certo que alguém sabe me explicar...
O anexo Vol. B ficou bacana, arquitetura legal... mas o que eu queria entender é por que não chamaram novamente o pessoal do Triptyque para fazer o novo projeto? Por que deram pro Kogan?
Certo que alguém sabe porque isso aconteceu...
*Primeira imagem, a caixinha de concreto do Kogan e o prédio original com pele de vidro do Triptyque.... na outra a caixinha em destaque.
**A caixinha é bacana, mas ela não conversa em nada com o projeto original... ou será impressão minha?
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Olhando para o nosso quintal... (2) - Triptyque
Em 2001 a arquiteta brasileira Carolina Bueno importou alguns franceses que conheceu na Escola de Arquitetura em Paris e com eles formou o ateliê Triptyque.
Com uma arquitetura bacana e moderninha eles têm mudado a paisagem paulistana, como já se viu na loja MiCasa (menção honrosa na 6a. Bienal de SP) e na nova agência Loducca e se prevê no über ecológico Harmonia 57.
Vai lá, visita o site dos caras:
http://www.triptyque.com/
Visual bacana, forçaram uma imagem de estrutura de diretórios em servidor... e abusam da barra de rolagem horizontal do navegador.
*Primeira imagem, Loja MiCasa... a outra, Loducca na Rua Colômbia.
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sábado, 22 de setembro de 2007
Site do Dia (24) - The CoolHunter
Afinal de contas, o que é "cool" hoje em dia? boa parte das respostas podem ser encontradas no site "The CoolHunter" que, entre suas várias e interessantíssimas seções, inclui uma de arquitetura, onde tem publicado um bom recorte daquilo que de melhor se tem feito pelo mundo afora. Dentre os muitos bons projetos, destaquei essa impressionante imagem "à la Blade Runner" do recém inaugurado anexo ao Royal Ontario Museum, em Toronto, Canadá, de autoria de Daniel Libeskind.
Além da seção de arquitetura, não deixe de visitar as de design, gastronomia, livros, arte, moda... pois nem só de CAD é feita a vida.
vá lá e exercite seu inglês: http://www.thecoolhunter.net
p.s.: agradecimentos especiais à Alice pela dica do site.
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segunda-feira, 17 de setembro de 2007
O Fazedor de Sonhos
Antes, um pequeno parênteses: O Blog tem uma espécie de "lei não-escrita", segundo a qual evitamos o acúmulo de postagens em uma mesma data. Gostamos de deixar os assuntos sedimentarem e amadurecerem, ler e responder - sempre que possível - os comentários dos leitores é, no fim das contas, o que mais diverte nessa forma de comunicação simples e tão emblemática dessa revolução na comunicação que experimentamos.
No entanto, peço licença para recomendar, a ótima reportagem sobre Ricardo Legorreta na revista "Veja" desta semana (19/09). E o faço porque as inserções sobre arquitetura na mídia "leiga" de nosso país são tão raras que se tornam dignas de tais menções. O mexicano, já do alto dos seus 76 anos, conseguiu espalhar pelo mundo uma arquitetura repleta de cor e luz, e que traz em sua essência uma inspiração forte na cultura e nos valores do seu país. O texto é bem escrito e traz detalhes interessantes da biografia do arquiteto, nem sempre abordados pelas publicações especializadas.
Assim, esqueça que a revista traz na capa um dos episódios mais sórdidos da história democrática do Brasil e vá direto à página 130. Vale a pena.
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