sexta-feira, 13 de março de 2009

Salvando um Venturi

Row, row, row your boat, gently down the stream...

Haverá quem diga que ele não merece. Críticos ácidos dirão: "what a waste of time and money!" Pessoalmente, reconheço o valor da obra e posso dizer que tive a minha fase... um dos meus projetos mais queridos do tempo da faculdade (o último desenhado 100% a mão, diga-se de passagem), um condomínio de casas, tinha inspiração claramente "venturiana". Sem entrar no mérito, a história não deixa de ser interessante e comovente: Uma casa projetada por Robert Venturi na década de 60 estava prestes a ser demolida pelo novo proprietário da área. Engenhosamente, a casa foi posta à venda para alguém que se dispusesse a mudá-la de lugar. Isso mesmo.

E não é que interessados apareceram? Um casal (que mora em outra casa projetada por Venturi) bancou a complexa operação de "transplante" da casa, cujo custo estaria na casa dos seis dígitos, de sua localização original em New Jersey, para seu novo... humm... lar, na costa norte de Long Island.

A movimentação foi acompanhada por uma multidão de curiosos, arquitetos, estudantes, os nervosos novos proprietários e um entusiasmado casal: Robert Venturi (do alto dos seus já 83 anos) e a companheira "full-time" (casa e escritório) de loga data, Denise Scott-Brown.

Veja a matéria completa do New York Times aqui.

E tenho dito: Feliz do arquiteto cuja obra é merecedora de tamanho esforço.

2 comentários:

  1. baita post e bonito ver tamanho esforço para presevar uma arquitetura... sem simplesmente colocar no chão ou fazer igual em outro lugar. Pena que nossas concretadas casas modernistas não permitam algo assim.

    agora, venturi??????!!!!!!! vai dizer que tu tem um projeto inspirado no botta também??? qualé meu? heheheheh... daqui a pouco ta assumindo coisas mais constrangedoras

    ResponderExcluir
  2. Hahahah... uma vez,comecei um projeto de um estádio cuja referência formal era o Graves, comprei até um livro... quiseram os deuses da arquitetura que eu abandonasse a disciplina... pena... as bandeirinhas estavam ficando legais.

    Falando sério... tem que experimentar de tudo. pelo menos pra poder dizer que não gostou. Quem fica indo na onda de professor intelectualóide neo-moderno corre o risco de ficar igual a eles, achando que tudo é merda e que a arquitetura não tem salvação (fora a que eles fazem, claro... e que nunca sai do papel). Ou vai me dizer que tu adora todos os projetos que tu fez na faculdade? Tem coisa que eu olho e acho ruim, mas não me arrependo de ter feito. Eu tava aprendendo...

    Ah, teve Botta também. Mas esse eu acho bom, até hoje.

    ResponderExcluir