Cubic Houses Rotterdam :: Morro e não vejo tudo, parte I
Rotterdam não é bem uma cidade divertida ou muito bonita para um turista genérico, mas para um arquiteto é um prato cheio... lá encontramos exemplares do Breuer, do Renzo Piano, do Norman Foster, do Mecanoo, do Rem Koolhaas, do MVRDV, do UNStudio... etc... etc... etc... um album de figurinhas de arquitetura contemporânea. Claro que nem tudo é bom, o edifício do Renzo Piano, por exemplo, é péssimo... mas de toda forma é uma cidade interessante que foi quase totalmente reconstruída após a guerra e já abrigou o maior porto do mundo.
E foi nessa cidade que eu encontrei um conjunto pra lá de esquisito... que não sei se já conhecia... como disse o Gabriel, acho que já tinha visto em um livro, mas tinha esquecido...
Em 1973 o arquiteto holandês Piet Blom (provavelmente sob o efeito de algo divertido) experimentou projetar casas com os eixos rotacionados e em 1975 construiu na pequena Helmond um conjunto de 3 casas, as primeiras Cubic Houses.
As estranhas casas de Helmond foram o embrião para um projeto mais ambicioso, construir um conjunto de 74 (!) casas cubicas e um centro cultural em Rotterdam... o projeto começou em 1978 e a obra ficou pronta em 1984, na sua versão final de apenas (?) 38 Cubic Houses, lojas, uma torre de apartamentos (de arquitetura tão duvidosa quanto as casas) e uma escola. Desde a sua construção todas as Cubic Houses estão habitadas.
A primeira impressão é de que o troço é horrível... depois se percebe que realmente é horrível, mas que é extremamente complexo... não pelo formalismo, mas sim pelo conjunto em si...
O conjunto está implantado parcialmente sobre uma rua, isso mesmo... os carros passam por baixo das casas... a outra parte está implantada em uma praça central onde há uma grande estação de metrô e a biblioteca da cidade, entre outros equipamentos... no térreo há pequenas lojas, do nível do passeio público sobe-se por escadas até um grande terraço por onde se acessam as casas.
O conjunto está implantado parcialmente sobre uma rua, isso mesmo... os carros passam por baixo das casas... a outra parte está implantada em uma praça central onde há uma grande estação de metrô e a biblioteca da cidade, entre outros equipamentos... no térreo há pequenas lojas, do nível do passeio público sobe-se por escadas até um grande terraço por onde se acessam as casas.
Claro que eu não ia ficar satisfeito enquanto não entrasse em uma dessas caixinhas tortas... há uma das casas que teoricamente deveria funcionar como uma casa-museu, para as pessoas visitarem... mas não tive sorte de encontrá-la aberta, então tivemos que usar o velho golpe (alguém aqui assistia o Agente 86?) do turista brasileiro longe de casa e conseguimos visitar uma das casas... mas isso é assunto para um próximo post...
Eu também adorei Rotterdam! Foi a cidade que mais me impressionou arquitetônicamente! E as cubic houses são mesmo esquisitas mas vale a pena conhecê-las! Eu tive a oportunidade de ver fotos do interior de uma delas e é muito mais esquisito ainda! Gostei do blog, vou frequentar! Conheça o www.melhorlugar.blogspot.com abs, :-)
ResponderExcluirArquiblogueiros de plantão, há novidades no blog:
ResponderExcluirhttp://pontoforadeplano.blogspot.com
Abraços =)
Vai nos deixar curiosos? rsrs
ResponderExcluirCaramba... Cheech & Chong Arquitetos Associados. Esses holandeses nunca bateram bem da cabeça mesmo. Quem mora num negócio desses deve ter a sensação de que acorda todo dia de ressaca...heehh.
ResponderExcluirMas, falando sério... na faculdade, quando era um ávido "devorador de figurinhas", sempre me impressionei com o desprendimento e o talento para a doideira dos holandeses. Se isso tem a ver com efeitos de alguma erva ou não... a ver. Mas que era legal, era.
Claudia, o próximo post terá algumas fotos que fiz internamente em uma das casas... visualmente elas são esquisitas, principalmente pelos planos inclinados, mas na real a planta é pra lá de tradicional...
ResponderExcluirSeja sempre bem vinda ao blog e faça a alegria dos blogueiros comentando o que tu achares interessante.
Dei uma passada rapidinha no teu blog e achei bem legal, voltarei com tempo.
Danielle, bacana que retomaste o blog... o crescimento da rede de discussão democrática sobre arquitetura é algo muito bom, mas teriam formas mais elegantes de tu propagandear isso... assim como tu fizeste é praticamente um spam.
ResponderExcluirMas ainda assim, vale a visita no blog ponto fora de plano.
Suellen, vou sim!!! hehehehehe... mas só até terça, para quando está programada a publicação da parte II :)
ResponderExcluirGabrielito, herva é pouco para tamanha viagem... deve ter sido alguma substância sintética hehehehehehe....
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, a criatividade e a atitude de não se conformar com o usual é algo impressionante na Holanda... claro que algumas vezes saem coisas como essas...
Cheech & Chong Arquitetos Associados hehehehehehhe... vale uma cerveja... e não podia ter achado companhia melhor para o Agente 86 e seus velhos truques...
Luciano e Gabriel
ResponderExcluirTambem estive nas cubic houses no ano de 2007 quando numa atitude muito louvavel a empresa deloitte fazia uma campanha que tinha como titulo Rotterdam city of architecture promovendo a visita aos principais edificios modernos da cidade ,que por sua vez, estavam com uma faixa ou algum detalhe na revestidos na cor roxa como forma de identificaçao.Alem disso, recebi num posto turistico um guia informando quais edificios visitar alem de descontos em restaurantes e outros locais.Mas voltando as cubic houses,visitei uma delas e conversei com o dono que me disse ter transformado sua casa em um museu para visitaçao tendo em vista o grande numero de pessoas que batiam a sua porta ,curiosas para conhecer a casa por dentro.Acho que foi das cidades que mais me impressionou arquitetonicamente falando.Aguardo outras fotos.Vou colocar as que tirei no meu blog.
Abraço
Paulo
Nossa, tem coisas que eu gostaria de nunca ter visto!!
ResponderExcluirPorque nao consigo comentar como Rossin SP??
ResponderExcluirPois é Paulo, eu quase peguei o evento arquitetônico, estive no início de novembro de 07... Ainda consegui pegar o material impresso no NAI, mas perdi os passeios.
ResponderExcluirRealmente a cidade impressiona, mas não tanto quanto Amsterdam, essa sim é de cair o queixo.
Amanhã entram as fotos internas que eu fiz, aguardo a publicação das tuas. Quando fizer deixa um comentário por aqui para ficar linkado.
Ricardo, tu tinha que ter ouvido o PQP que soltei quando dei de cara com isso... Hehehe
ResponderExcluirQuanto ao blog não aceitar teu comentário, não faço a menor idéia... Coisas do google
olá, a escultura de acrílico na Fundação Iberê Camargo é da artista Iole de Freitas e não da Karin Lambrecht.
ResponderExcluiratt
olá Daniel, obrigado por corrigir a informação, já corrigi o post original e sinalizei o erro.
ResponderExcluirconfesso que fui confundido pelas informações do site da FIC e acabei fazendo bobagem.
obrigado novamente pela informação correta.
luciano